Como foi a Visita Guiada à Casa do Infante, organizada pelo núcleo da APRe! do Grande Porto

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No dia 9 de Junho pelas 14h, promovido pelo núcleo da APRe! do Grande Porto, houve uma visita guiada à Área Museológica da Casa do Infante. Os espaços museológicos revelam o passado histórico da zona ribeirinha do Porto, quando ocupada pelos romanos e o período medieval, quando comercializava com a Europa do Norte e do Sul.

Assim, o guia do Arquivo Histórico e Municipal da Casa do Infante, com um grande profissionalismo, fez a nossa visita guiada à Área Museológica e, perante os nossos olhos (26 pessoas), vimos o “fruto do trabalho de Arqueólogos e Historiadores “:

  • a evolução do edifício da Casa do Infante, ao longo dos séculos, a partir da sua construção no início do séc. XIV, por ordem do D. Afonso IV, como Alfândega Régia do Porto;
  • vestígios da ocupação romana desta área ribeirinha do Douro, nos inícios da era Cristã: réplicas de mosaicos que pavimentavam um provável palacete romano e que continuam protegidos no subsolo e também uma Ara dedicada aos Deuses marinhos e que foi arrancada às águas do Douro;
  • vários documento históricos, relacionados uns, com a Alfândega Régia e produtos comercializados com a Europa Cristã do Norte e o Sul Mediterrânico, algum dele Muçulmano.
  • Também moedas que eram cunhadas aqui na Casa da Moeda, integrada na própria Alfândega.
Finalmente, chegámos à parte mais recente do Museu que é dedicado aos Descobrimentos
  • Lembrou – se que dos Estaleiros de Miragaia partiram barcos para a conquista de Ceuta, vindo daí a tradição das tripas à moda do Porto!!! Bem não havia o feijão que só com a ida ao Brasil, em 1500, o conhecemos!!…
  • E a assinatura de Pêro Vaz de Caminha, portuense e trabalhador desta Alfândega, foi de notar, pela sua qualidade …. era de alguém letrado! Daí ter sido encarregado de registar a “descoberta do Brasil” e a sua Carta ser hoje classificada, pela UNESCO, como Património da Humanidade!
  • Não foi esquecido o grave problemas da Escravatura e o grande contributo dos escravos no desenvolvimento económico do Brasil.
  • E a mortalidade que havia nestas viagens, mercê dos naufrágios, doenças e até nas lutas que os huguenotes holandeses provocavam ao assaltar os nossos barcos.
  • Mas o encontro de novas culturas, novos conhecimento geográficos, botânicos, de animais, de plantas, utilizadas no tratamento de doenças, e nos tecidos fizeram avançar a Ciência e o Comércio.

Por mera casualidade, no interior do Edifício, cruzámo-nos com o Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa que esteve a partir das 15h a inaugurar a exposição “O Foral do Porto. 1517-2017“, também na Casa do Infante.

No meio de uma conversa informal tivemos a oportunidade de dizer que éramos um grupo de associados/as e amigos/as da APRe!, pelo que referiu de imediato que tinha estado na sessão de encerramento da Conferência Nacional da APRe! “O FUTURO NAÕ TEM IDADE”, há cerca de um ano (ver imagem).

Foi uma visita muito interessante, pelo que convidamos as pessoas a visitar e a levar filhos, netos e amigos!

Conceição Castro
Elisabete Moreira