Imaginário ligado ao colonialismo continua muito impregnado em Portugal, defende investigador, Miguel Cardina.
Mobilizou 800 mil portugueses para combaterem nas antigas colónias e também 500 mil africanos, que foram incorporados nas tropas portuguesas. A guerra colonial provocou 10 mil mortos, 30 mil feridos e levou ao regresso de 500 mil pessoas à metrópole.
Miguel Cardina, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra considera que, 60 anos depois, o conflito continua muito presente.
“A guerra está muito viva hoje em Portugal porque está viva em quem a combateu, nas suas famílias, numa certa memória pública, e também está viva porque teve consequências enormes”, refere o investigador, em entrevista à TSF.
“Não podemos compreender o 25 de Abril, não podemos compreender a democracia em Portugal, sem percebermos que é resultado da recusa em continuar a guerra, por parte das forças armadas, e, de alguma forma também, da vitória política dos movimentos de libertação”, afirma.
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