O território do continente tem hoje menos 200 mm de precipitação do que há 50 anos e os cenários de futuro não são animadores
Vem aí chuva, a partir de amanhã, mas as previsões do IPMA também mostram que ela não será suficiente para aliviar a seca extrema (o grau mais grave na escala) que afeta a quase totalidade do território continental (94%) – os 6% restantes estão em seca severa, logo abaixo.
“No mínimo dos mínimos era preciso que nos próximos meses tivéssemos uma precipitação de pelo menos 500 mm [milímetros] para desagravar a seca”, estima o físico e especialista em alterações climáticas Filipe Duarte Santos. Para se ter uma ideia, isso corresponde a pouco menos do que a precipitação média anual na região de Lisboa, tomando como referência o período 1971-2000, que é da ordem dos 600 a 800 mm. Mas, se isso vai acontecer, ou não, é uma incógnita.