Ontem fizemos um mês de “vida”!
Com algumas horas de atraso por impossibilidade total, envio em anexo as sínteses das três audiências com os grupos parlamentares do PCP, Verdes e PS. Envio também em anexo a nossa proposta de Regulamento
Interno para apresentar na Assembleia do dia 1 de Dezembro.
Foi sugerido por um associado que dirigíssemos cartas aos deputados do PSD e do CDS com o pedido para não aprovarem o Orçamento no que se refere às medidas que se referem a nós, com os argumentos já bastante utilizados. Alguns endereços estão na página da AR.
Hoje de tarde, dois membros da C. Instaladora vão ter uma reunião com uma advogada para ficarmos a par daquilo que é possível fazer em termos judiciais.
Também temos uma associada que está a recolher informações sobre como podemos fazer para nos tornarmos parceiros sociais no CES mas essa pretensão só poderá ser concretizada quando estivermos legalizados.
Toda a correspondência por mail deve ser enviada para apre2012@gmail.com
e não para os apre.1, apre.2 e apre.3. Estes foram criados só para enviar mensagens.
A Coordenadora da Pró-Associação
Rosário Gama
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22.11.2012
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22.11.2012
Reunião da APRe! com o Grupo Parlamentar do PCP, na pessoa do Sr. Deputado Jorge Machado, (membro da Comissão da Segurança Social)
Delegação da APRe!:
Isabel Campos, Fernando Vasco, Vítor Ferreira e Carlos Faria
Síntese da Reunião:
A delegação agradeceu a disponibilidade do Grupo Parlamentar, seguindo-se a apresentação da APRe!, invocando os motivos da sua criação e os objectivos que se pretendem atingir.
Manifestou-se a grande preocupação quanto á redução de direitos dos aposentados e pensionistas, consagrados na proposta de Orçamento do Estado para 2013, salientando-se que se considera um verdadeiro “roubo”, as reduções propostas, uma vez que os reformados e aposentados, durante a sua vida profissional contribuíram para a segurança social e caixa geral de aposentações na perspectiva, de virem a ter uma reforma que lhes permitisse viver ate aos últimos dias da sua vida.
Foi salientado pelos representantes da APRe! o facto de o Governo estar a violar um contrato firmado com todos os pensionistas e reformados, sendo estes, neste momento credores do estado.
Mais informaram que, não aceitam ser considerados despesa, tal como se fossem uma “gordura” do estado e, estão dispostos a ir tão longe quanto possível, na defesa dos seus direitos, não só através de providências cautelares, assim que o orçamento for aprovado, acções nos tribunais administrativos, chegando mesmo ao Tribunal Europeu.
O Sr. Deputado Jorge Machado, identificou-se com os motivos que levaram a criação da Associação, partilhando a ideia que se trata mesmo de um “roubo”, apesar de algumas bancadas ficarem incomodadas com essa ideia.
Manifestou a total abertura do partido, de partilhar ideias, informações e tudo o que for importante para a defesa dos interesses da APRe!.
Mais informou que, nesta fase de discussão do orçamento de estado, o Grupo Parlamentar do PCP, ira fazer varias propostas tendo em vista minorar os impostos excessivos e a taxa de 3,5%.
Finalmente, a delegação da APRe!, solicitou ao Sr. Deputado que, o Grupo Parlamentar, pedisse a fiscalização Constitucional do Orçamento tendo o mesmo respondido que farão todos os esforços nesse sentido.
A Delegação da APRe!:
Isabel Campos
Vítor Ferreira
Fernando Vasco
Carlos Faria
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Reunião com o Grupo Parlamentar Os Verdes
Dado o número reduzido de deputados deste grupo, fomos recebidos pelo assessor do grupo – Joaquim Correia
Delegação da APRe! – Ana Negrão, Rosário Gama, Teresa Portugal
Foi feita a apresentação do grupo (que já era conhecido) e, do mesmo modo que com os outros grupos parlamentares, foram apresentados por nós os argumentos que temos vindo a utilizar.
O assessor referiu que quando o orçamento fosse aprovado já estaríamos com um deficit de 830 milhões de euros e que terá que haver um novo orçamento rectificativo. Afirmou que o governo voltará a ir buscar aos mesmos o dinheiro de que precisa para cumprir as metas do orçamento.
Para os Verdes é claro que o Governo caminha para a privatização da segurança social.
Foi ainda afirmado que Os Verdes apoiam as nossas reivindicações e que tudo farão para pedir a fiscalização sucessiva da lei do Orçamento.
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Reunião com o grupo parlamentar do PS
Deputados: Vieira da Silva, Nuno Sá e Mário Ruivo
Delegação: Ana Negrão, Fernanda Queiroz, Rosário Gama e Teresa Portugal
Síntese da Reunião
Fizémos a apresentação da APRe! e justificámos a nossa presença. Apresentámos os argumentos já conhecidos por todos, deixando bem claro que consideramos um roubo o corte que o Orçamento de Estado prevê para este grupo social, bem como a nossa preocupação com as reformas mais baixas que, no mínimo deviam ser actualizadas à taxa da inflação. Vincámos bem que o contrato que fizemos com o Estado nem podia ser discutido pois os descontos eram obrigatórios e que o estado só pode gerir aquilo que é nosso. Ficou ainda bem claro que pretendemos lutar pelos nossos direitos por todos os meios ao nosso alcance.
O deputado Vieira da Silva referiu que o PS vê com simpatia o esforço de organização deste Movimento que ocupa na sociedade um espaço privilegiado, até agora não preenchido, uma vez que os grupos ou associações de pensionistas do espaço sindical não tinham voz própria. Os governos não os consideravam interlocutores. A “APRe!”, pelas suas características transversais e independentes vem dar corpo às sensibilidades e interesses deste grupo que cresce maioritariamente na sociedade portuguesa e, desse modo, poderá dar corpo ao interlocutor que faltava.
Vieira da Silva expressou que tem dúvidas sobre muitas das normas orçamentais e que o PS tem estado em oposição ao Orçamento para 2013.
Sobre a questão da fiscalização do OE, por nós colocada, o deputado acrescentou que a fiscalização sucessiva acabará por acontecer, se bem que o PS, como grupo parlamentar, não tenha tomado, ainda, uma decisão.
O deputado afirmou estar connosco, também preocupado com a reforma orçamental desajustada que cairá sobre os pensionistas, e que nem sequer terá efeitos nas contas do Estado.
Outra situação referida por Vieira da Silva, como uma questão muito frágil – o corte do subsídio – pois não tem a mesma natureza para quem está na vida activa ou aposentado. É mais injusto para as pessoas que já não têm a mesma possibilidade de recuperação, e o corte é igual para todos!
Diz também que não se tem tido em conta, no quadro de mudança no esquema de pensões, ao longo do tempo, a distinção entre quem estava a “formar direitos” e quem tinha já os “direitos adquiridos”. As mudanças na Segurança Social, que foram feitas pelo Partido Socialista, foram sempre para o futuro e os períodos de transição foram relativamente longos (foi dado o exemplo do aumento gradual da idade da reforma entre os anteriores 60 anos e os actuais 65). Quando se atingia a idade da reforma, mesmo que esta não fosse requerida, o direito às condições da reforma ficava assegurado. Com as alterações que o governo propõe, as reformas ficam sujeitas ao enquadramento legislativo à data da atribuição da mesma. Foi dada a sugestão de a APRe! incluir todos aqueles que estão em fase de pré-aposentação pois vão ser muito prejudicados com estas medidas.
A aceleração da idade da reforma não tem efeitos significativos no orçamento de estado. Estas mudanças não equacionam, na vida das pessoas, as expectativas de futuro.
O deputado Nuno Sá (representante do PS na Comissão da Segurança Social e do Trabalho) agradeceu a nossa presença e afirmou que o nosso Movimento de cidadãos tem que ser ouvido. É necessário institucionalizar a crítica! Sobre as medidas do Orçamento que vão arrebatar as pensões dos reformados, declarou que é mais uma situação para a eminência da ruptura social que se avizinha.
Isto significa (de acordo com as nossas razões) uma fractura no contrato que o Estado fez com os trabalhadores – o estado, nesses casos, deixou de ser pessoa de bem!
O Partido Socialista tem a noção da ruptura social que se avizinha, há fronteiras que se forem ultrapassadas podem causar essa ruptura. Uma das fronteiras é a ruptura da palavra dada.
Quando a nossa delegação colocou, de novo, a questão da fiscalização – se o PS, em tempo certo, vai ou não tomar uma posição sobre a fiscalização do OE, e sobretudo sobre a situação particular dos cerca de dois milhões de aposentados, Nuno Sá respondeu que não se podem queimar etapas, e que os deputados têm um poder individual de afirmação de suas posições, sem que tenham de esperar pelo Partido – este ainda não tem uma decisão.
Nesse sentido, a nossa delegação pediu ao PS que pedisse, ainda que a título individual, a fiscalização sucessiva da lei do Orçamento, se esta for aprovada.