Reflexão pós colóquio
A Apre! preenche uma lacuna da sociedade pois os seus membros, os aposentados ,pensionistas e reformados que pelo seu numero são uma fatia muito considerável dessa mesma sociedade podem fazer ouvir os seus conhecimentos, as suas experiência e as suas opiniões. Contudo esta parte da sociedade não se integra só a si própria, ela representa os filhos, os netos, outros familiares, os amigos, os amigos dos amigos.
A Apre! Está pois de parabéns pelos membros que já integram este movimento cívico e por tudo o que já fez para evitar o desastre que está a ser causado pelas políticas deste governo tais como:
Criação da mais elevada taxa de desemprego registada,
Apropriação de vários fundos de pensões para usos indevidos,
Aplicação de medidas que impulsionam as pessoas para reformas precoces,
Não pagamento da dívida que acumulou na caixa geral de aposentações,
Descapitalização da segurança social,
Diminuição cada vez maior dos rendimentos especialmente dos funcionários públicos e dos aposentados do Estado,
Culpabilização do povo pela crise financeira quando esta foi causada pelo sistema bancário,
Gestão ineficiente do dinheiro dos brutais impostos que estão a aplicar ao povo,
Não submetendo os grandes grupos económicos ao mesmo esforço que está a ser exigido ao povo,
Precarização cada vez maior dos aposentados/pensionistas/reformados,
Desrespeito pela Constituição e ou mesmo exercício de pressões sobre o Tribunal Constitucional,
Não combatendo a corrupção,
Aumentando as suas despesas internas nomeadamente para as suas deslocações, com os seus assessores e com outras mordomias,
Divisão da sociedade para facilmente implementar a sua politica desastrosa.
Toda esta política está a ser implementada por um governo completamente submisso a uma Europa que está muito longe da defesa do princípio do Projecto Europeu.
O colóquio “os Reformados na Europa” – Que politicas de investimento social? um dos pontos altos desta associação foi um momento muito importante de informação, de análise, de reflexão, de interrogação, a partir do qual se vão inventariar preocupações e soluções que serão apresentadas ao Parlamento Europeu e a outras instâncias europeias numa tentativa de evitar a violação dos direitos humanos.Os membros desta associação que com os seus descontos pagaram as reformas dos seus ascendentes e com os seus impostos financiaram o Estado para que este melhorasse a saúde, a educação, a segurança social, as várias infra estruturas necessárias à vida dos cidadãos não podem deixar que lhes tirem os seus direitos. Cumpriram os seus deveres e por isso merecem os seus direitos. Quebrando-se este contrato social, esta confiança no Estado pode a geração dos mais jovens ser solidária e ter esperança no futuro? Claro que não! A descredibilização do contrato social provocará roturas que comprometem a sustentabilidade do sistema de pensões.
Este movimento cívico tem pois pela frente um trabalho árduo pois precisa de:
Continuar a crescer, isto é, que mais pessoas abracem esta causa,
Continuar a realizar eventos de informação, de esclarecimento sobre vários temas de forma que todos os cidadãos possam ser mais participativos nas decisões que a toda a sociedade dizem respeito,
Continuar a combater esta politica que como já referi não é só portuguesa mas sim duma Europa egoísta, não solidária, racista que defende uma moeda em detrimento do bem estar dos seus cidadãos, que não acautelou a regulação do poder económico permitindo que este suplante o poder politico.
É urgente mudar de rumo.
Mª Rosa Silva Sousa
31-10-13