A “APRe!” no PORTO
Hoje, no Porto, junto à estação de metro da Trindade, entre as 14h e 30m e as 19h e 30m, a “APRe!” esteve em acção de informação (relativamente ao que este governo se prepara para fazer: o que representa a chamada “convergência” e o precedente que constituiria, em termos de princípio derrubado, caso tal intenção viesse a ser validada – a questão da retroactividade) e de divulgação – quanto ao seu objectivo primeiro de defesa de reformados, todos eles, e de resistência cívica a quantos desmandos contra eles haja ou venha a haver.
O dia não foi escolhido por acaso: depois da nossa acção de protesto, ao longo de todo o dia, no dia 10, junto à delegação da CGA, importava que se não deixasse morrer o que de mais grave esta questão suscita – e que a comunicação social tem calado, como se o que está em jogo fosse (apenas!) mais um “corte”, não distinguindo nem a sua natureza nem o que dela, em termos constitucionais, decorre. Como era hoje o dia agendado para a discussão desse projecto de lei, pareceu-nos que seria boa altura para chamar, mais uma vez, a atenção para o caso.
Temos visto como a sobreposição de casos, nos últimos dias, e a “novidade” entretanto sobrevinda (a do Orçamento de Estado para o próximo ano) acabaram por ter o efeito que o governo pretendeu – e, no meio de tanto com que somos diariamente confrontados, poucos fazem ideia do que está a ser escamoteado. Ora, o que o governo tem conseguido assim esconder, com a conivência dos “media”, é o mais grave, o inadmissível: que ali, no que está em “discussão”, se joga uma essencial fronteira entre o que é Estado de Direito e uma qualquer “república das bananas”. Temos a obrigação, pela nossa maior responsabilidade, em termos cívicos, de o desmascarar. Foi o que tentámos.
Aida Santos
Aqui ficam recortes, em imagens, da tarde: