O combate à pobreza tem de ser um “desígnio nacional”, e a prioridade tem de ser dada às famílias com crianças. Edmundo Martinho, coordenador da comissão que está a elaborar a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, acredita que Portugal vai conseguir inverter os números até 2030, mas até lá é preciso revalorizar os salários e mudar a política de habitação.
Sem revalorização dos baixos salários a pobreza não vai acabar em Portugal, mas a solução não depende só do Estado, diz Edmundo Martinho. O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e coordenador da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, comenta assim os resultados do estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), que indica que há um quinto de portugueses em situação de pobreza e que, desses, mais de metade até tem emprego, sendo que 20% da população pobre é constituída por crianças e jovens.